A globalização do capital
A globalização do capital é a base do chamado imperialismo, onde estados mais ricos e poderosos, entre aspas, expandem suas operações para outros países mais pobres ou menos poderosos, chamados de países perifericos. Essa expansão pode acontecer a partir da cultura. Por exemplo, o poder imenso que as produções de Hollywood tem pelo mundo inteiro. Tendo muito investimento dos Estados Unidos, esses filmes com grandes orçamentos acabam trazendo uma concorrência desigual para várias produções nacionais de países mais pobres, que não tem tanto capital para investir no próprio cinema. Isso acontece no Brasil. Se te perguntarem quais são seus filmes estado-unidenses favoritos dos últimos 5 anos, você facilmente fará uma lista. Agora, se fizerem a mesma pergunta, porém em relação aos filmes brasileiros, você provavelmente terá dificuldade de citar dois. Esse imperialismo cultural também influencia nosso jeito de ser, já que, através de seus filmes, os Estados Unidos vendem as ideias defendidas pela sua própria burguesia, o estilo de vida que eles acham correto, o famoso “american way of life” e sua própria idealização de como deve ser uma vida próspera, o famoso “American dream”.
Outra forma de imperialismo acontece quando uma grande marca se torna multinacional, e acaba ocasionando a falência de vários negócios menores e nacionais do país que recebeu essa grande marca. Fast foods falindo restaurantes, livrarias gigantes destruindo pequenas, enfim, isso é muito comum atualmente. Muitas vezes, por serem muito ricas, essas marcas grandes podem fazer promoções imbatíveis, vendendo produtos com prejuízo, só para sufocar e promover uma concorrência desigual com as concorrentes menores. Em alguns casos, a empresa maior pode acabar comprando as menores, as engolindo. Após se estabelecer, a empresa pode deixar de fazer as promoções imbatíveis e passar a vender seus produtos em preço normal. Mas, quando chegamos nesse ponto percebemos que é tarde demais, as empresas menores que antes existiam já não existem mais e dificilmente algum pequeno-burguês terá capital suficiente para ter preços competitivos com a grande marca, porque o pequeno-burguês não pode ter o luxo de ter prejuízo.
Outra forma de imperialismo, talvez a principal que vem à cabeça quando se pensa no termo, é a que acontece quando um país ou uma grande empresa de um país se estabelece em outro em busca de mão de obra mais barata, o que precariza a classe trabalhadora local, ou pelos recursos naturais de um país, como petróleo ou ouro, por exemplo. Existem empresas estrangeiras explorando recursos como o ouro atualmente no Brasil, as vezes, inclusive, sem autorização.